"O sindicato entende que a greve deveria continuar, porque não aceita as demissões. Mas os trabalhadores, em assembleia, aceitaram a proposta", falou o diretor da entidade, Diego Francisco Henrique. De acordo com ele, o último turno de funcionários foi comunicado sobre o acerto na tarde desta quarta-feira (18) e as atividades já foram retomadas na unidade.

Entre os principais pontos que foram definidos durante a audiência de mediação, na terça-feira, estão: abertura de um plano de demissão voluntária (PDV) em toda companhia; indenização de 30% do salário base vigente, por ano de vínculo empregatício; 12 meses de extensão do plano de saúde, já incluso aviso prévio; auxílio de recolocação profissional; estabilidade de 60 dias aos empregados mantidos (ressalvadas hipóteses de pedido de demissão ou justa causa);

O acordo prevê ainda que a comunicação da dispensa aos trabalhadores será feita pela Unilever a partir de segunda-feira (23), com posterior homologação pelo sindicato.

Durante a greve,os funcionários protestaram e, durante um deles, três integrantes da entidade chegaram a ser detidos após bloqueio da entrada da Unilever e confusão na delegacia de Vinhedo.

No início da greve, a empresa defendeu, por meio de assessoria, que as demissões fazem parte de um programa que visa a reestruturação com intuito de "manter a fábrica de Vinhedo competitiva por meio de ganho de eficiência no processo produtivo e da especialização da área de logística."

Em nota, a empresa confirmou o fim da paralisação na fábrica de Vinhedo. "A Unilever Brasil informa que, com o auxílio da vice-presidência Judicial do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, pelo setor de mediação pré-processual, chegou a um consenso com o sindicato sobre o programa de reestruturação que será implementado na unidade."

A companhia destacou que o "acordo atende às necessidades da Unilever e aos anseios dos empregados, garantindo indenização de 30% do salário base vigente por ano de vínculo empregatício, extensão do plano de saúde em 12 meses e auxílio de recolocação profissional."

Em nota, a companhia destaca que "conduziu o processo com transparência, respeito aos empregados e de acordo com a legislação vigente."