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1/11/2017 - Campinas - SP

Campinas estuda estratégias para imunizar população em áreas de risco de febre amarela




da assessoria de imprensa

Vigilância Sanitária pode realizar ações de porta em porta em regiões próximas de mata após Dia D da vacinação apresentar resultado abaixo do esperado.

Prefeitura de Campinas (SP) estuda realizar ações de porta em porta para imunizar a população que mora em áreas de maior risco de contágio da febre amarela. Um reunião nesta quarta-feira (1º) vai definir estratégias para evitar que a doença atinga a população, uma vez que o resultado da campanha de vacinação ficou abaixo do esperado.

"Estamos com a circulação do vírus da febre amarela. Quantos antes as pessoas tomarem a vacina, melhor. Ela leva 10 dias para fazer efeito", ressalta Andrea Von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa), de Campinas.

O alerta para a imunização voltou a soar na cidade após a morte de dois saguis com a doença em área urbana - um no Jardim das Paineiras, zona Leste, e outro no Parque Jambeiro, na zona Sul. As 32.658 doses aplicadas no sábado (28), dia D da vacinação, ficaram abaixo do esperado.

"Estamos preocupados com a população que vive em áreas em transição com mata, onde há macacos, que são as com maior risco de contaminação. Tínhamos uma expectativa maior com a campanha", reconheceu Andrea.

A diretora do Devisa ainda tenta entender o motivo da baixa procura. "A gente gostaria que tivesse muito mais gente vacinada. Como não tínhamos um mapeamento, já que Campinas não era área com recomendação da vacina, não sabemos se já são muito imunizados ou se realmente não houve o interesse."

Mapeamento

Antes do aparecimento de casos na região neste ano, com mortes de humanos e macacos, Campinas não constava como área recomendada para vacinação contra a febre amarela. Segundo Andrea, 500 mil pessoas foram vacinadas no começo dos anos 2000 na cidade, mas não havia um controle de quem elas eram ou onde moravam.

A partir deste ano, tudo passou a ser mapeado. A diretora explica, por exemplo, que mais de 90% da população que mora nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio, onde apareceram os primeiros macacos mortos pela doença, estão imunizada.

No zona Leste, onde apareceu um dos saguis mortos, é uma das áreas com maior cobertura na cidade após a aplicação de 300 mil doses no primeiro semestre deste ano. "As regiões Noroeste e Sudoeste são as que tem menos pessoas vacinadas", diz Andrea.

A região Noroeste de Campinas conta com bairros como Vila Castelo Branco, Parque Floresta, Parque Itajaí, Satélite Íris e Jardim Campos Elíseos. Já na Sudoeste estão o Residencial São José, os DICs, Jardim Aeroporto e Planalto de Viracopos.

 

"Quem já recebeu a dose em algum momento, não precisa se vacinar novamente", alerta Andrea.


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