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31/3/2017 - Campinas - SP

Campinas tem ato contra reforma da Previdência e terceirização nesta sexta-feira




da assessoria de imprensa 

Professores, trabalhadores de outras áreas e estudantes fizeram na manhã desta sexta-feira (31) uma manifestação no Centro de Campinas (SP) contra reformas da Previdência Social, do Ensino Médio e alterações em leis trabalhistas, como a terceirização. Em vários momentos do ato eles gritaram: “Fora Temer!” e "Vem pra rua contra as reformas". O início foi por volta das 10h no Largo do Rosário. Já o final no Largo do Pará, por volta das 12h. A organização informou que 2 mil pessoas participaram. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que fiscaliza o trânsito na cidade, divulgou a participação de 300 manifestantes. Polícia Militar e Guarda Municipal não divulgaram números.

Uma das participantes, que é professora, mas não quis se identificar, disse que o ato é para que todos possam manifestar indignação com as mudanças propostas pelo governo federal, caso sejam contrários.

“A gente espera que a juventude, os trabalhadores possam manifestar toda esta insatisfação que nós escutamos em todos os lugares, nos ônibus, nas ruas com esta série de medidas que visam tirar os direitos dos trabalhadores, e não melhorar nossa situação frente à crise do país”, disse ela.

O estudante de colégio técnico, Daniel Avec, de 24 anos, criticou a reforma da Previdência e a baixa remuneração dos professores.

“A reforma da Previdência vai atingir muito forte os trabalhadores. Quem está estudando para ser professor tem dificuldade para entrar no mercado de trabalho, e os professores que já estão enfrentam uma precarização. Há três anos eles não têm reajuste salarial ”, lamenta o estudante.

Avec ainda faz críticas ao mercado de trabalho para quem está começando. “Estamos com perspectivas muito nulas de conseguir trabalho. A terceirização o que é? É um calote nos trabalhadores, ontem mesmo foi aprovada uma lei que permite o calote das empresas”, desabafa ele.

A servidora Nayara Oliveira passou pelo ato e disse que todos deveriam participar, apesar de o horário ser ruim para quem cumpre expediente.

“Muitas pessoas que têm as informações não vêm às manifestações. E aí, o governo, que já age como se nada tivesse como o segurar, se sente solto na pradaria para fazer o que ele quiser”, critica.

A auxiliar administrativo Sandra Cândido parou para ver a manifestação nesta sexta-feira. Segundo ela, a reforma deveria atingir os políticos também. “Não só para a gente, eu nunca vou me aposentar”, criticou ela.

O vendedor Gustavo Pereira Cunha, de 26 anos, também parou para a ver a passeata nesta manhã na região central. Ele segurava uma folha com os dizeres: Bolsonaro 2018, e se disse contrário à reforma da Previdência, mas citou também que todos deveriam lutar juntos, sem divisão entre partidos e pensamentos ideológicos. “Nós temos que lutar pelo Brasil e não ficar lutando a favor de uma coisa ou outra”, disse ele.

Por defender o o deputado federal Jair Bolsonaro, do PSC, o vendedor recebeu críticas dos manifestantes. A organização da passeata impediu que os participantes chegassem perto dele no final do ato, mas ocorreu um bate-boca.

Trânsito

O trânsito na região central de Campinas registrou lentidão na manhã desta sexta-feira devido ao protesto contra as reformas. Um dos trechos atingidos foi o cruzamento das avenidas Francisco Glicério e Moraes Sales, às 11h06. Assim que os manifestantes passaram, o trânsito foi liberado, às 11h11. A passeata terminou às 11h45, no Largo do Pará, e o trânsito na Glicério foi liberado.

 



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