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23/4/2019 - Campinas - SP

Comissão da Mulher debate gênero nas escolas nesta terça (23/04)




da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas

A Comissão Permanente da Mulher da Câmara de Campinas realiza nesta terça-feira (23/04), às 19h, sua segunda reunião ordinária de 2019. O gabinete da vereadora Mariana Conti (PSOL), presidente da Comissão, organizou um seminário denominado “Efetivação da Lei Maria da Penha”, com ênfase no debate de gênero nas escolas.

Confirmaram presença no encontro, representantes do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem); Ângela Araújo, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp; Ana Carolina de Araújo, professora da rede municipal de Campinas; e Virgínia Baldan, professora da rede municipal de vinhedo.

“Os efeitos da desigualdade de gênero são alarmantes e afetam tanto as mulheres quanto as famílias, em especial, crianças e adolescentes. Todos os dias, mulheres são violentadas física e psicologicamente e é crescente o número de feminicídios no Brasil, que ocupa a quinta posição no ranking mundial. Aqui não se nasce mulher, morre-se", diz Mariana Conti.

A parlamentar observa que os índices sobre violência de gênero no município são piores do que a média nacional. Em 2016, a violência sexual é a que mais cresceu e o segundo crime mais cometido na cidade. Em 2017 Campinas teve o registro de 779 casos de violência contra a mulher e o balanço feito a partir de um sistema de notificações que integra áreas de assistência social, saúde e educação do município, o Sisnov, apontou que pelo menos 32 mulheres morreram vítimas de feminicídio no período e que a violência contra a mulher corresponde a 38,2% do total de 2.035 casos notificados para o mesmo ano. Ao agregar os registros de violência contra crianças, adolescentes e idosos, o percentual de vítimas do sexo feminino chega a 71,9%.

Ainda, segundo o Sisnov, 50,8% dos 779 casos (396 notificações) de violência contra mulheres envolvem agressões físicas. Tentativas de suicídio (183) e violência sexual (118) completam a lista dos principais tipos de violência notificados. O relatório aponta também que entre os autores dos casos de violência, os companheiros são responsáveis por 39,7% dos casos (1.142 de 2.874). No comparativo dos cinco anos, o Sisnov cruzou dados de violência em mulheres adultas e registrou 32 casos de feminicídio. Entre os registros, 12 têm relação com agressões, cinco com violência sexual e cinco com violência psicológica.

Diante dos índices apresentados, Mariana Conti ressalta a importância de se compreender estes casos de violência física, psicológica, patrimonial, assédio, abuso sexual e estupro, bem como, as demais manifestações de violência contra a mulher como frutos da desigualdade de gênero. “ É fundamental para enfrentarmos corretamente esta realidade por meio da proposição de políticas que deem conta deste desafio. Esse é um acúmulo já apontado pelo movimento organizado de mulheres no Brasil e no mundo, aqui positivada pela Lei Maria da penha e outras legislações correlatas”, finaliza a vereadora.

A reunião da Comissão Permanente da Mulher será realizada no Plenarinho da Câmara, que fica na avenida Roberto Mange, 66, no bairro Ponte Preta.



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