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27/10/2017 - Campinas - SP

Exército analisa transferência parcial do IME, no Rio npara a Escola de Cadetes de Campina




da assessoria de imprensa 

Estudo de grupo de trabalho será feito ao longo de 40 dias e relatório apontará se mudança é viável. Somente o primeiro ano do curso de engenharia deve deixar o Rio de Janeiro, diz Exército.

Parte do ensino do Instituto Militar de Engenharia (IME) no Rio de Janeiro (RJ) pode ser transferida para a EsPCEx, a Escola Preparatória de Cadetes de Campinas (SP), em 2019. A mudança abrange o primeiro ano do curso de engenharia, mas ainda depende do resultado de um estudo sobre a viabilidade da transferência. Um grupo de trabalho (GT) organizado pelo Exército tem 40 dias para apresentar o relatório que será determinante para concluir o processo.

Fundado em 1792, o IME é a escola de engenharia mais antiga do Brasil. Atualmente a formação de homens e mulheres nas carreiras de engenharia ocorre em cinco anos, todos cursados na sede da instituição, no bairro da Urca, no Rio.

Em nota oficial, o Centro de Comunicação Oficial do Exército justificou que a "modificação faz parte do processo de transformação e racionalização pelo qual passa o Exército Brasileiro, com a finalidade de otimizar o emprego dos recursos públicos, bem como integrar a formação dos oficiais de carreira combatentes e engenheiros militares".

 

"Num primeiro momento o estudo vai verificar se é possível já fazer a transferência a partir de 2019. Se for, todas as adaptações [na EsPCEx] terão que ser feitas ao longo de 2018. Na diretriz do projeto, no entanto, existe a possibilidade de prorrogar para 2020, mas não é a intenção inicial", afirma o coronel Marcus Alexandre Fernandes de Araújo, comandante da Escola.

 

A mudança do primeiro ano do curso para Campinas se assemelha ao que ocorre com os aprovados no concurso da EsPCEx, que seguem os estudos na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), após passarem um ano na Escola de Cadetes.

"A ideia é que a formação militar inicial seria feita na EsPCEx e usada para os dois cursos Aman e IME", afirma o coronel.

Em entrevista ao G1, ele ressaltou que "não existe nenhum estudo quanto à transferência do Instituto Militar de Engenharia para outra cidade".

Estudo de viabilidade

 

O coronel explicou que o GT foi constituído na última sexta-feira (20) e conta com dez militares de diferentes divisões do Exército.

São representantes do Departamento de Ciência e Tecnologia, do Estado Maior do Exército e do Departamento Geral do Pessoal, localizados em Brasília (DF), e do Departamento de Educação e Cultura do Exército, no Rio, que tem a EsPCEx como escola subordinada.

 

"O GT vai estudar todas as condicionantes que envolvem a transferência. Adaptações físicas, curriculares, transferência de professores, mudanças de legislação, custos do projeto. Vai analisar tudo que envolve essa possível transferência", explica Araújo.

 

 

Formação acadêmica

 

No que diz respeito à formação militar, Araújo explica que seria a mesma formação, com os mesmos professores. Já a formação acadêmica seria diferente. "Nem todos poderiam ser aproveitados para ministrar matérias do IME, o IME precisaria trazer professores", diz o coronel.

Na Aman, o aluno recebe a graduação em bacharel em ciências militares, e no IME, engenharia em várias especialidades.

"A principal vantagem é o viés de fazer uma formação unificada entre os futuros oficiais da linha combatente e da linha tecnológica, para que eles passem o primeiro ano da formação militar juntos, para ter uma unificação dos conhecimentos e o relacionamento interpessoal entre os militares", ressalta o coronel.

Estrutura comporta

 

Segundo o comandante da EsPCEx, a estimativa é que o efetivo da escola aumente em 100 estudantes com a transferência da primeira turma do IME.

"A EsPCEx tem condições de absorver. Naturalmente teríamos que fazer pequenas adequações de salas de aula e nos laboratórios de química e física, que já existem", diz.

No caso das mulheres aprovadas na seleção do Instituto, há alojamento em Campinas preparado para elas, desde que o ingresso de alunas passou a ser a realidade na Escola de Cadetes no início deste ano.

 

"A nossa estrutura, que foi preparada para receber as alunas, permite ampliação em torno de 100 alunas. Estamos com 40 e ano que vem teremos 40 também. Nesse ponto, a escola está perfeitamente adaptada".

 

Sobre o custo das adequações, o comandante afirma que não é possível divulgar, ainda, já que os valores também serão definidos como parte do estudo do GT.



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