23/1/2018 - Campinas - SP
da assessoria de imprensa
Um grupo protestou na manhã deste domingo (21) no Largo do Rosário, em Campinas (SP), contra o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A manifestação organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) durou duas horas e foi encerrada por volta das 12h10, sem incidentes.
Segundo o engenheiro Maurício Conti, o ato reúne 850 participantes em torno de um carro de som. Alguns levaram cartazes com mensagens contrárias ao reajuste, considerado abusivo.
A Guarda, contudo, informou ao G1 que estima 100 manifestantes e não há reflexos no trânsito
O índice de reajuste ficou acima de 30% para parte dos moradores e provocou revolta, uma vez que este percentual foi determinado como limite no projeto aprovado sancionado pelo Executivo. Uma ação popular contra o aumento tramita na Justiça e o caso é acompanhado pelo Ministério Público.
De acordo com a Prefeitura, a mudança na Planta Genérica de Valores (PGV) deixou o imposto mais caro para 210 mil dos 470 mil imóveis registrados na metrópole. O texto sancionado pelo prefeito, Jonas Donizette (PSB), prevê também acréscimo de 10% em 2019, e outros 10% em 2020.
O supervisor do Departamento de Finanças, Fernando José de Oliveira, afirmou à EPTV que a diferença ocorre por causa da alta na unidade fiscal. Ela subiu de R$ 3,32 para R$ 3,39 neste ano.
"Esse limitador era pelo valor lançado em UFICs, e não em reais. Quando a pessoa faz este cálculo, em reais, existem duas alterações. Uma que é a variação dessa UFIC, que foi de 1,83% [INPC/IBGE] de um ano para cá, e outra é que diminuiu 1% no valor do desconto da cota única. Então, quando a pessoa faz em reais e confronta o que está pagando, muitas vezes pode dar 32%, 33%", explica.
Uma ação popular ajuizada nesta semana contra a lei que determina o reajuste no IPTU em Campinas tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública e o andamento é acompanhado pelo Ministério Público. Entre os pontos contestados pelo autor está o índice proposto pelo Executivo e a forma de aprovação pela Câmara dos Vereadores, durante a realização de duas sessões extraordinárias.
Em nota, a assessoria do Legislativo informou que a Casa não foi citada e também não teve acesso ao conteúdo da ação popular. Entretanto, frisou que o processo de aprovação do projeto ocorreu "de maneira totalmente legal e transparente" e não há exigência para que seja feita audiência pública. "As sessões nas quais ocorreu a votação tiveram mais de quatro horas de duração e foram realizadas, como sempre, com o plenário aberto à população presente", diz trecho da nota.
De acordo com a Prefeitura, com a nova PGV mais de 200 mil imóveis tiveram isenção, redução ou manutenção do valor pago durante o ano passado. "Isso mostra a preocupação da administração municipal com o cunho social e a justiça tributária", diz texto da assessoria.
Além disso, o Executivo mencionou que recebeu uma representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campinas sobre o tema e "está providenciando as respostas à entidade".
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