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7/7/2017 - Campinas - SP

Maternidade registra diminuição em atendimentos no PS




da assessoria de imprensa 

Atendimentos diminuíram 1/3 desde o bloqueio na UTI neonatal, que completa uma semana nesta quinta-feira (6). Segundo a administração do hospital, medidas de precaução foram tomadas para evitar mais contaminações.

Maternidade de Campinas (SP) informou que vai manter, por tempo indeterminado, a suspensão de gestantes acima de 20 semanas ou a transferência de recém-nascidos externos por conta da presença de um vírus respiratório na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. O bloqueio, que completa uma semana nesta quinta-feira (6), fez a unidade médica registrar queda nos partos e atendimentos no pronto-socorro.

A estimativa da Maternidade é que a procura no PS diminuiu em até 1/3 após a divulgação da suspensão de internações por conta do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Segundo a unidade, eram feitos pelo menos 40 partos por dia, enquanto o número caiu para sete após o problema, o que equivale a uma queda de 76%.

"Não é possível dizer um número exato de queda, mas a gente sente a diferença, principalmente na entrada no pronto-socorro, que caiu em 1/3. A gente precisou comunicar a população sobre isso porque a única maneira do vírus não se espalhar ainda mais é a prevenção", afirmou o vice-presidente do hospital, Frederico Giovanetti, na quarta-feira (5).

Após a suspensão, a maternidade realizou, na sexta-feira (30), os primeiros partos após de grávidas em situação de baixo risco, com mais de 37 semanas e em trabalho de parto. Durante o bloqueio das internações, a unidade continua realizando apenas esse tipo de procedimento porque os bebês têm menos risco de ser encaminhados para a UTI.

Como está a situação?

De acordo com o vice-presidente do hospital, Frederico Giovanetti, a suspensão é a principal medida para que o Vírus Sincicial Respiratório não se espalhe mais entre os recém-nascidos. Até esta quarta-feira, a UTI Neonatal na unidade médica está com a lotação máxima de 36 leitos ocupados, sendo que 12 bebês tiveram resultado positivo para o vírus.

Segundo a infectologista da maternidade, Elisa Teixeira Mendes, dos 12 bebês que tiveram resultado positivo, apenas um permanece com o vírus, enquanto outros 11 já fizeram novos testes que deram para a doença. Eles não receberam alta porque têm indicação para permanecer na UTI por conta de alguma outra comorbidade.

“Esse número muda muito, porque o exame pode dar negativo, mas outro exame pode identificar alguma coisa que o primeiro exame não pegou e mudar o diagnóstico. O que precisamos é continuar suspendendo as internações e treinar as equipes que cuidam dos bebês para se prevenir do vírus”, disse a médica.

Precauções

Além da suspensão das internações, a maternidade tomou algumas medidas de precaução para que o vírus não seja espalhado. Entre as ações, está o treinamento dos funcionários de enfermagem que atendem os bebês, além da restrição de visitas de familiares aos recém-nascidos - exceto os pais.

"A nossa equipe está no terceiro treinamento, são medidas para conscientizar não só os enfermeiros, mas também os pais de que a gente está passando por um momento importante. Estamos também tirando todas as dúvidas para esclarecer o que tem que ser feito para evitar a contaminação desse vírus. A principal ação é a higiene", explicou Elisa Teixeira Mendes.

Encaminhamento

A Prefeitura mantém a informação de que as gestantes de alto risco que tinham cesáreas marcadas na Maternidade serão encaminhadas ao Hospital Celso Pierro da PUC-Campinas, ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), da Unicamp, e outros hospitais da região. O Celso Pierro informou, nesta quarta-feira, que está com 11 dos 12 leitos de UTI neonatal ocupados e continua recebendo novos bebês.

Já o Caism da Unicamp é referência para casos de alto risco e está com os leitos neonatais lotados nesta quinta-feira. Há cerca de dois meses, o hospital enfrenta superlotação e suspendeu as internações de gestantes. Não há casos de VSR na unidade.

O vírus e os cuidados

O vírus respiratório sincicial é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca, por contato direto, ou gotículas. O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção. Inicialmente, a criança apresenta corrimento nasal (coriza), tosse leve e, em alguns casos, febre. Em até dois dias, a tosse piora e ao mesmo tempo a respiração da criança fica mais mais rápida e difícil.

Para crianças acima de 2 anos ou adultos, a infecção por VSR pode ser confundida com um resfriado, mas, em prematuros ou portadores de doenças cardíacas congênitas e displasia broncopulmonar, o vírus pode dobrar o tempo de hospitalização da criança.

Os cuidados indicados pelos médicos são: evitar ir a locais de grande circulação com bebês de até 2 anos de idade. Ter cuidado redobrado com higiene, cuidar para não tossir ou espirrar próximo das crianças, e restringir visitas a recém-bascidos, mesmo em casa.

 



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