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26/1/2017 - Campinas - SP

Número de pedidos de recuperação judicial sobe 143% na RMC em 2016




da assessoria de imprensa

da RMC, de janeiro a dezembro de 2016, contra 23 no mesmo período do ano anterior.

O pedido de recuperação judicial acontece quando a empresa não consegue pagar as próprias dívidas e propõem aos credores alternativas para o acerto das contas, como desconto nos débitos ou intervenções de outras companhias investidoras. Americana lidera a lista com 19 solicitações, seguida de Campinas (18) e Vinhedo (9).

Sumaré tem quatro solicitações, enquanto Paulínia e Indaiatuba contam com dois pedidos cada uma. Monte Mor e Valinhos fecham a lista com um processo de recuperação judicial, de acordo com o levantamento.

Em outubro do ano passado, o parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP), teve o pedido de recuperação judicial aprovado pela Justiça. A partir daí, o empreendimento elaborou um plano que será analisado por uma assembleia de credores. Caso o projeto  seja aprovado pela Justiça, ele será apresentado a uma assembleia de credores, que poderão contestar ou não a ação.

Preocupação
De acordo com o especialista em direito empresarial André Barabino, o baixo nível de investimento e de consumo por conta da crise econômica piorou a situação das empresas e o aumento se justifica por isso. Além disso, o advogado explicou que o pedido de recuperação judicial tem que ser economicamente viável e deve apresentar provas de que a companhia terá condições de se sustentar.

“A gente tem recebido bastante consulta de empresas que tem clientes ou fornecedores em dificuldades financeiras. Essas pessoas pedem prazos para pagamento ou até uma linha de crédito e essas empresas tem algum receio de ter dificuldade de receber esse valor no futuro. Então a gente orienta como que esse crédito pode não ficar sujeito à recuperação judicial da empresa”, disse o especialista, que é advogado de um escritório em Campinas.

Falências
Segundo o balanço da Serasa Experian, o número de falências requeridas subiu de 76 para 78 no ano passado. Já no caso das falências decretadas, o número teve uma diminuição de 21,6% caindo de 37 em 2015 para 29 em 2016. As cidades com maior índice de empresas que fecharam as  Campinas (13), Americana (7), Valinhos (2) e Indaiatuba (2).

Pedido
Em agosto, a empresa entrou com o pedido para evitar a falência do empreendimento e tentar conseguir investidores para pagar uma dívida de R$ 330 milhões com credores.

Na época, o advogado do parque, Daltro Borges, afirmou que pelo menos 50% da dívida do local era com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, por isso, sem a recuperação judicial, ficaria impossível ter acesso às linhas de crédito e o grupo seria obrigado a decretar falência.



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