26/1/2017 - Campinas - SP
da assessoria de imprensa
O secretário de Saúde em Paulínia (SP), George Burlandy, defendeu na tarde desta quarta-feira (25) que moradores da região tenham cautela na busca pela vacina contra a febre amarela. O município confirmou nesta semana que foi notificado sobre dois casos suspeitos da doença de pacientes que visitaram regiões de contágio e foram atendidas em Campinas (SP). Uma delas estava internada no Hospital de Clínicas da Unicamp e morreu na terça-feira, segundo a família.
"A única preocupação do cidadão é se ele for viajar às áreas endêmicas ou matas, por zelo. Graças a Deus não existem casos de febre amarela urbana, todos são silvestre", ressaltou. [Veja abaixo lista com unidades de saúde em cinco municípios onde há doses disponíveis].
De acordo com Burlandy, a busca pela vacinação em Paulínia não aumentou de forma significativa, mas, a administração tomará medidas de prevenção na área onde residia a vítima.
"Esse cuidado é protocolar, normal. Até agora não há nada que mereça alarde", ressaltou. Entre as ações previstas estão visitas das equipes de saúde a residências e nebulizações em combate ao mosquito Aedes aegypti, que também é vetor de enfermidades como zika e chikungunya.
O secretário destacou que a conclusão das apurações sobre os registros suspeitos depende de análises do Instituto Adolfo Lutz. "Pode ser febre amarela, mas também pode ser dengue, leptospirose... É preciso esperar e estamos adotando todas as medidas para segurança e tranquilidade da população".
Segundo Burlandy, os moradores que buscam a dose da vacina nas unidades de saúde são orientados por funcionários sobre a necessidade de critérios, e o governo municipal também planeja um material gráfico para reforçar a comunicação sobre a febre amarela.
Casos suspeitos
A morte de Joversi do Prado Santos Guardia, de 47 anos, foi confirmada pelo marido dela, Eduardo Guardia. O casal visitou Delfinópolis (MG), próximo da Serra da Canastra, entre os dias 4 e 11 de janeiro. Eles voltaram a Paulínia quando ela começou a sentir sintomas da doença.
Embora a febre amarela não seja registrada em meios urbanos desde 1942 no Brasil, o vírus nunca deixou de circular em matas. Os primeiros casos de 2017 foram registrados em Minas.
Deve tomar a vacina contra a febre amarela: morador de município com o vírus circulando ou visitante desses lugares, dez dias antes de viajar.
Não devem tomar a vacina: grávidas, crianças com menos de seis meses, alérgicos a ovos e pessoas que vivem em áreas sem registro do vírus. Consultar um médico antes de tomar a dose: pessoas com mais de 60 anos.
Sintomas da febre amarela: febre alta, pele e olho amarelos (o vírus lesiona o fígado) e hemorragia. Não pode tomar remédios a base de ácido acetilsalicílico.
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