29/9/2017 - Campinas - SP
da assessoria de imprensa
Referência no Interior de São Paulo, o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, em Campinas (SP), comemora nesta sexta-feira (29), Dia Mundial do Coração, o fato de ter ultrapassado a marca de 80 transplantes cardíacos. Entre 1998 e 2017, foram realizados 84 procedimentos, sendo quatro neste ano.
"O HC tem avançado progressivamente com a realização dos transplantes cardíacos, e com o primeiro infantil, realizado no ano passado. É um procedimento que possui grande dificuldade técnica e logística, dispõe de um tempo curto para ser realizado, mas que ao verificarmos o resultado final, a recuperação de um paciente que está em fase terminal, é extremamente gratificante", destaca Carlos Lavagnoli, coordenador do setor de transplantes do HC.
Apesar do avanço no número de procedimentos ao longo dos anos, o cirurgião cardíaco destaca que a maior dificuldade ainda é a doação de orgãos. Nesta semana o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou o recorde de 1.662 doadores no primeiro semestre - aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, segundo a pasta, a recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alta (43%).
"É importante a conscientização da família e também das pessoas que possam manifestar sua vontade, em vida, de serem doadoras. Isso ainda é o que limita a oferta de órgãos", opina Lavagnoli.
De acordo com o Ministério da Saúde, estão na fila por um coração no Brasil, atualmente, 389 pessoas. Na Unicamp, 19 pacientes integram a lista e outros 20 estão em avaliação no momento.
Lavagnoli ressalta a importância de ampliar a conscientização e a oferta de órgãos, uma vez que a taxa de mortalidade entre as pessoas na fila por um transplante de coração chega a 35% ao ano.
"Quando você realiza o transplante, esse paciente é devolvido à sociedade, à família, volta a fazer suas atividade normais. É um procedimento de reintegração, com um preço pequeno a pagar, que é o acompanhamento médico pós-transplante", defende o médico.
Quem espera em breve voltar às atividades normais é a vendedora Bruna Inoue, de 29 anos. Moradora de Campinas, a jovem descobriu um problema cardíaco em 2013 e, desde fevereiro deste ano, está na fila do transplante.
"Tenho muitas coisas para voltar a fazer. Sempre fui muito ativa, me exercitava, estudava e trabalhava."
Internada em São Paulo à espera do transplante, a jovem lembra que ficou em choque quando descobriu que precisaria de um novo coração, mas que aceitou a situação e sabe que isso devolverá sua vida normal. "Tenho um desfibrilador interno ligado em mim que funcionou este ano, em fevereiro, quando passei muito mal. Ele deu choque sete vezes e me salvou", lembrou.
Nesta sexta-feira (29) é comemorado o Dia Mundial do Coração. A data é marcada por ações em todo o Brasil, já que as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no país. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 349 mil pessoas morreram no país, em 2016, em virtude de problemas cardíacos. Neste ano, já são 258 mil vítimas.
Em Campinas ocorre um mutirão de exames e avaliação médica para a população na praça em frente à Catedral Metropolitana. A ação acontece das 8h às 16h30 e é promovida pelo Hospital Vera Cruz com apoio da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic).
Entre os serviços oferecidos estão exames de colesterol e glicemia, além da aferição de peso, altura, circunferência abdominal e pressão. Após a triagem e os exames, a pessoa receberá uma relatório com o seu risco cardiovascular e será atendida por um médico, que dará orientações ao paciente.
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