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7/3/2017 - Campinas - SP

Região perde empregos, mas sinais são de recuperação, diz economista




da assessoria de imprensa 

Caged aponta saldo negativo de 408 postos de trabalho em janeiro de 2017.
Quinze cidades da região de Campinas contrataram mais do que demitiram.

Dados referentes ao mês de janeiro de 2017 do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontam um cenário de otimismo para a região de Campinas (SP), de acordo com o economista Laerte Martins, da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas). Embora a geração de empregos permaneça no "vermelho" na região, a projeção é para que o ano termine com mais admissões do que demissões.

No levantamento feito pelo G1 com dados de 26 municípios da região de Campinas, 15 apresentaram números positivos na geração de empregos no primeiro mês de 2017. No total, foram 30.254 contratações e 30.662 demissões, saldo negativo de 408 postos de trabalho.

"Embora ainda tenha um saldo negativo de geração de postos de trabalho, foi um número bastante reduzido do que estava acontecendo até agora", pondera Laerte Martins.

Campinas
A cidade de Campinas registrou 11.463 demissões e 11.737 contratações no período, com saldo negativo de 274 postos. Construção civil e comércio foram os setores responsáveis pelo maior número de demissões, enquanto a indústria, o setor de serviços e a administração pública tiveram dados positivos.

"A indústria vinha em um processo alarmante de demissões e esse dado é positivo. O segmento que mais demitiu, em todo o Brasil, foi o comércio. Mas com a recuperação da economia, a expectativa é de um comércio forte a partir do segundo semestre, gerando mais postos de trabalho do que os eliminando. Isso vai acarretar na queda da taxa de desemprego de toda a região", explica o economista.

Projeção animadora
De acordo com Laerte Martins o desemprego atinge 12% da População Economicamente Ativa (PEA) na região de Campinas, mas a expectativa, com os números atuais da economia, é que esse índice caia para menos de 10% ao final de 2017. "A redução da taxa de juros e a tendência de melhora do PIB (Produto Interno Bruto) são elementos que mostram uma tendência de recuperação da economia", explica.

Opostos
Das 26 cidades analisadas pelo G1, Morungaba foi a que apresentou a maior diferença entre contratações e demissões. Foram apenas 94 postos criados e 696 demissões, ou seja, saldo negativo de 602 empregos.

Já Espírito Santo do Pinhal, Holambra, IndaiatubaMonte Mor, Paulínia, Pedreira e Valinhos foram os municípios que apresentaram o melhor desempenho na geração de empregos.

Balanço 2016
A microrregião de Campinas (SP) encerrou 2016 com saldo negativo de 28,5 mil postos formais de trabalho, segundo o Caged. Foram 310,9 mil contratações, contra 339,5 mil demissões.

O estudo incluiu 16 municípios: Americana, Campinas, Cosmópolis, Elias Fausto, Hortolândia, Holambra, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. A área somava 888,3 mil postos em janeiro daquele ano.

Cenário nacional
Em todo o Brasil as demissões superaram as contratações formais em 40.864 vagas. Esse foi o 22º mês seguido com fechamento de empregos com carteira assinada. O último mês em que houve mais contratações do que demissões foi em março de 2015, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.



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