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7/11/2017 - Campinas - SP

Rios de cinco cidades da região de Campinas têm Índice de Qualidade da Água ruim




da assessoria de imprensa 

Relatório de Gestão das Bacias PCJ apresenta informações sobre os recursos hídricos das cidades. Mananciais de Campinas, Sumaré, Americana, Vinhedo e Valinhos tiveram IQA entre 19 e 36.

Cinco cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) têm Índice de Qualidade da Água (IQA) ruim, de acordo com o Relatório de Gestão das Bacias PCJ, divulgado nesta segunda-feira (6) e que apresenta informações sobre os recursos hídricos das cidades monitoradas pela Agência das Bacias PCJ durante o ano de 2016. De acordo com o documento, mananciais de Campinas (SP), Sumaré (SP), Americana (SP), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP) apresentaram números entre 19 e 36 – faixa considerada ruim pelo órgão.

A Agência das Bacias PCJ utilizou as informações de monitoramento dos rios e considerou a referência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para determinar os índices que variam de 0 a 100 (sendo 100 o nível máximo de qualidade). Além da categoria denominada “ruim”, o órgão definiu como “ótimo” o município que tem IQA de 79 a 100, “bom” quem ficou entre 51 e 79, regular de 36 a 51 e “péssimo” números menores que 19.

De acordo com o relatório, Campinas registrou IQA de 34 em um ponto do Rio Capivari, que abastece aproximadamente 5% do município. Já Sumaré ficou com índice de 25 no Ribeirão Quilombo e 21 no Ribeirão Tijuco Preto. Em Americana, o Índice de Qualidade da Água é de 27 no Ribeirão Quilombo. Por fim, a avaliação da Agência das Bacias PCJ considerou o Ribeirão Pinheiros, em Valinhos, com IQA de 36, enquanto no Rio Capivari, em Vinhedo, o número foi de 31.

Três dos cinco municípios que receberam índices ruins também tiveram IQA considerado bom em outros mananciais. De acordo com o PCJ, o Rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de 95% de Campinas, ficou com 56. O mesmo rio ficou com 67 na altura de Valinhos e 65 em Americana, que também registrou número de 60 no Rio Piracicaba.

Outro ponto de captação do Rio Capivari, ainda na região de Campinas, ficou com IQA de 48, determinado como regular. A Agência das Bacias PCJ considerou os seguintes parâmetros: turbidez, resíduos totais, fósforo, temperatura, pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), coliformes fecais e nitrogênio. No relatório, foram analisadas as médias anuais para cada uma das estações de monitoramento com dados disponíveis em 2016 nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Tratamento de esgoto

 

O relatório também analisou a qualidade do esgoto das cidades. Em Sumaré, o índice de tratamento ficou em apenas 26%, enquanto em Americana o número chegou a 48%.

 

O que dizem os municípios

 

A Sanasa, responsável pelo saneamento de Campinas, afirmou que o IQA de 34 no Rio Capivari foi registrado em um ponto onde não existe captação de água, próximo a divisa com Monte Mor. Os 5% de água retirados do Capivari para abastecimento são tirados do local onde o PCJ apontou índice de 48.

A Prefeitura de Americana informou, em nota oficial, que a qualidade do Ribeirão Quilombo deve-se ao esgoto despejado pelas cidades ao redor do município. Sobre o tratamento de esgoto, o Executivo disse que a cidade possui três locais para tratar os dejetos: dois com eficiência acima de 80% e um com 40%. Segundo a administração, o índice do PCJ se refere ao último.

“O Departamento de Água e Esgoto (DAE) firmou um TAC com o Ministério Público para reformar a ETE Carioba. Após as reformas, a eficiência dessa estação de tratamento ficará acima de 90%.”, diz o texto da Prefeitura.

A BRK Ambiental, que administra o saneamento de Sumaré, informa "que não capta água dos ribeirões Quilombo e Tijuco Preto, mas sim do rio Atibaia para posterior tratamento e distribuição à população." Em nota, a empresa diz que "entende ser de suma importância para o meio ambiente a despoluição desse ribeirões. Tanto que trabalha para que Sumaré tenha 100% do esgoto tratado já em 2022, meta estipulada em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmada com o município. O TAC, porem, está sendo questionado pela atual administração, o que pode levar a meta de universalização para 2028."

A BRK destaca ainda que os ribeirões Quilombo e Tijuco Preto apresentam essa classificação em função dos lançamentos de esgoto in natura que ainda ocorrem nos mesmos. "Está previsto, até 2019, despoluir totalmente o Ribeirão Tijuco Preto com a construção e operação de uma nova estação de tratamento e, até 2022, a despoluição completa do Ribeirão Quilombo com a construção dos subsistemas Quilombo e Jatobá", destaca a companhia.

O Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos (Daev) informou que a captação para o abastecimento da cidade não é feita no Ribeirão Pinheiros, mas sim no Rio Atibaia, que fornece água para 70% da cidade. O presidente do Daev, Pedro Inácio Medeiros, reconheceu a contaminação no ribeirão e informou que trabalha em conjunto com Campinas em tecnologias para melhorar a qualidade da água no futuro.

G1 não conseguiu contato com Saneamento Básico Vinhedo (Sanebavi).



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